O homo-gastronumus

Minha foto
Sintra, Palácio dos Sonhos, Portugal
Estou armado e perigoso.Tenho um teclado,um rato e colheres de pau. Com tomates e azeite já se faz uma boa história.

domingo, 9 de janeiro de 2011

À mesa, com Carlos Castro.

Conheci Carlos Castro, há muitos anos, quando a Costa tinha um ícone na noite gay, o bar O Duche e sim se alguém se interrogar, a Costa da Caparica tinha noite gay, como deve ser, com gente bonita, alegre e divertida

Quando o nosso background é de barman, que foi por aí que comecei a minha actividade hoteleira, a hipótese de, mais cedo ou mais tarde nos tornarmos confidentes de alguém é grande…os night shrinks.

Uns anos mais tarde, reencontrei Carlos Castro nas Amoreiras, num restaurante que na altura era uma sociedade do Prof. Jesualdo Ferreira com o Madeirense e que representei e dirigi durante 7 anos, o Português.

Um dia, CC chegou, infeliz e transtornado e disse:

- Arranja-me uma mesa onde ninguém me veja a chorar! – Pediu-me.

E pediu-me também para lhe fazer companhia, por isso conversei com ele, como converso sempre que posso e quando é solicitada a minha presença, porque cedo percebi que CC estava num dia mau, com problemas íntimos que obviamente, não vou transcrever.

Almoçou Perdiz Fria à moda de Coimbra.

Desabafou e desanuviou. Respirou fundo. Melhorou. Saiu outro, como novo, pronto para as suas afiadas crónicas.

Esta é a missão de quem recebe e de quem serve. Servir sem ser servil.

Vendemos hospitalidade e serviço e o cliente, que paga, quer que seja bom.


Carlos Castro has left the building…




Este texto não foi escrito ao abrigo do novo Aborto Ortográfico.

Nenhum comentário: